quinta-feira, 11 de junho de 2009

MARCADORES ULTRASONOGRÁFICOS NO 1º TRIMESTRE

TRANSLUCÊNCIA NUCAL
Este exame é realizado entre 11ª e a 14ª semana de gestação e baseia-se na mensuração da chamada prega nucal que nada mais é do que á distância da pele á porção óssea fetal na região da nuca. É considerado de um modo geral que a translucência nucal é normal até 2,5 mm, estando em um ponto intermediário entre 2,5 e 3,0 mm. É considerada aumentada acima de 3,0 mm(risco de aneuploidia).
Técnica do exame: O exame ultrasonográfico pode ser realizado tanto por via transabdominal como transvaginal. Uma vez identificado o feto, este tem sua imagem ampliada até ocupar 2/3 da tela da imagem.Uma vez identificado o local da medida da translucência, os calipers devem ser posicionados de forma que fiquem em continuidade com a linha pele ou óssea, sem estarem demasiadamente para fora ou dentro desta.
É importante salientar que o encontro de uma translucência alterada não significa que o feto é portador de alguma cromossomopatia, porém indica sim a necessidade de complemento diagnóstico através do estudo de cariótipo fetal que pode ser realizado através da obtenção de células fetais pela amostra de vilo corial ou amniocentese e, complementado posteriormente, com o estudo morfológico do 2º trimestre e ecocardiografia fetal.
OSSO NASAL
A observação da presença ou da ausência da imagem do osso nasal e sua medida é sem dúvida parâmetro importante, isoladamente ou em associação com a translucência nucal, para melhoria da sensibilidade e diminuição da taxa de resultados falso positivos no rastreamento das aneuploidias no 1º trimestre. Portanto deve ser incluído na prática diária dos exames ecográficos realizados nesta fase da gravidez.
Técnica do exame:Mesma posição do feto para medida de translucência.Obtem-se um corte sagital da face, observando-se três pontos de referência para identificar o osso nasal em sua maior estensão:três pontos de referência:cartilagem do osso nasal, pele acima do osso nasal e o osso nasal propriamente dito.
DUCTO VENOSO
É um vaso que comunica diretamente a veia umbilical com a veia cava inferior, desenbocando praticamente á nível de átrio direito e apresenta um fluxo de alta velocidade, considerado como arterializado. Á análide dopplervelocimétrica deste vaso apresenta um padrão típico, com a chamada onda A (contração atrial) tendo um fluxo anterógrado enquanto que as outras veias, como as hepáticas e cava inferior o apresentam de forma invertida ou retrógada. Na presença de anomalias cromossômicas ou de cardiopatias congênitas a onda A do ducto venoso mostra-se alterada, atingindo á linha de base do traçado dopplervelocimétrico ou mesmo se tornando retrógada.
Ténica do exame:trata-se da utilização da dopplervelocimetria para estudo da onda de fluxo deste vaso. Ter na tela maior extensão possível da veia umbilical até a chegada da veia cava inferior, onde desemboca como um vaso em forma de flauta, com padrão de alto fluxo(arterializado) e de brilho intenso.
O estudo do ducto venoso, a fim de estabelecer risco para aneuploidias, deve ser solicitado concomitante ao ultra-som morfológico no 1º trimestre.